sábado, 3 de dezembro de 2011

Doce Novembro?


E quando menos esperei, a sua boca já estava na minha, sem que ao menos eu pudesse reagir, mas no fundo no fundo eu sei que não queria qualquer tipo de reação a não ser retribuir. E aquele beijo em Novembro mudou tudo.
E é um dia atrás do outro. Já se passou muito tempo não é?
Veja só, mal piscamos os olhos e já estamos em Novembro de novo, mas é um Novembro diferente, não é aquele de um ou dois anos atrás. É um Novembro com outro gosto, e confesso que não é nada saboroso.
É um Novembro em que tudo esta tudo bagunçado, caderno com matérias atrasadas, armário com roupas largadas e coração com pedaços faltando. E toda essa bagunça não faz a menor importância. É difícil voltar à rotina, uma rotina que agora é sem você.
Todas as noites chorando por causa da mesma repetição de pensamentos tristes “será que alguma coisa vai mudar?” E esses pensamentos estão presentes quase sempre, às vezes saem, poucas vezes, mas sempre voltam, entram em minha mente sem se quer pedir licença, e se tornando cada vez mais destrutivos. Já me protegi cuidadosamente de filmes, livros e canções tristes. Mas como me proteger dos meus próprios pensamentos, próprios sonhos? Como é ruim ter na cabeça em vez de um cérebro, uma bomba relógio. Que esta programada para explodir de minuto a minuto com os mesmos pensamentos. Como desarmar essa bomba? Muito já lutei contra tudo isso, contra os soluços constantes, e as idas ao banheiro para chorar.
  Sinto saudade de tudo aquilo que já passou. De todos os cheiros, todos os abraços, todas as palavras carinhosas, todos os beijos e daqueles novembros.
Doce Novembro? Não doce como amor, nem amargo como a despedida, mas sim salgado como as lágrimas.

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